Na
seca paisagem de agosto
o sol
inclemente
e o vento
em torvelinhos carregando o pó da estrada.
Uma viagem
que já dura
a idade dos
meus ossos esgotados
e a solidão
do caminho quebrada
no
burburinho das abelhas diligentes.
O som do
passado, meus passos em vias desertas
folhas
quebradas e lacunas de medos antigos.
Circula o
tempo em torno de mim.
Mais
adiante, ao fim do caminho
vislumbro o
chegar
o abraço, o
repouso, o alento do sono em teus braços,
o dia
partindo, deixando em mim
a florida
presença dos ipês amarelos
na seca
paisagem de agosto.