Uma noite de inverno, num futuro distante, sentados numa sala aconchegante, o fogo crepitando na lareira, tomando chimarrão enquanto conversam, falam do frio, ela pede que lhe traga uma colcha a mais para aquecer os pés, ele vai pegar, logo volta e estendendo-a sobre suas pernas senta -se ao seu lado.
Falam de música, cinema, de livros e discutem algumas teorias filosóficas. Discordam sempre e acabam caindo no riso, acusando-se mutuamente de um não compreender o raciocínio do outro, ou de simplesmente discordar, apenas pelo prazer de discordar. Recordam-se de outras noites, outros dias, amigos que se foram, viagens programadas, realizadas umas, outras não, coisas a fazer nos dias vindouros. Falam e falam por horas a fio, num interminável fiar de assuntos os mais variados. O mate acaba, faz-se um silencio, que horas são? Já? Como o tempo passa depressa...
—Lembra quando ficávamos horas na Internet no nosso começo? E a gente nem se conhecia pessoalmente? Eu me lembro. Me lembro também que você um dia me agrediu com palavras duras, nossa primeira briga; aquilo pra mim foi o fim.
Falam de música, cinema, de livros e discutem algumas teorias filosóficas. Discordam sempre e acabam caindo no riso, acusando-se mutuamente de um não compreender o raciocínio do outro, ou de simplesmente discordar, apenas pelo prazer de discordar. Recordam-se de outras noites, outros dias, amigos que se foram, viagens programadas, realizadas umas, outras não, coisas a fazer nos dias vindouros. Falam e falam por horas a fio, num interminável fiar de assuntos os mais variados. O mate acaba, faz-se um silencio, que horas são? Já? Como o tempo passa depressa...
—Lembra quando ficávamos horas na Internet no nosso começo? E a gente nem se conhecia pessoalmente? Eu me lembro. Me lembro também que você um dia me agrediu com palavras duras, nossa primeira briga; aquilo pra mim foi o fim.
—É... foi. Eu fiz isso a você.
Ele se senta de frente para ela, pega suas mãos num gesto de aquecê-las. Olha nos seus olhos e contrito, o semblante traindo a dor de uma ferida antiga, mesmo depois de tanto tempo, so consegue dizer: Me perdoe.
Ela ri, dá-lhe um tapinha carinhoso no braço e diz: Seu bobo!!
Ele se senta de frente para ela, pega suas mãos num gesto de aquecê-las. Olha nos seus olhos e contrito, o semblante traindo a dor de uma ferida antiga, mesmo depois de tanto tempo, so consegue dizer: Me perdoe.
Ela ri, dá-lhe um tapinha carinhoso no braço e diz: Seu bobo!!
Pouco depois, quando vai ao banheiro antes de dormir, ele se olha no espelho e o que vê são dois olhos cansados, marejados de lágrimas.
Seu blog tem textos muito bacanas flávio, vc escreve por hobby? ou profissionalmente? um abraço do jazz drummrer "aiquejazz".
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