E do meu verso não brota mais a vida.
Foi-se a exuberância dos dias
e as palavras saem ásperas
áridas, impróprias, impuras.
Foi-se a exuberância dos dias
e as palavras saem ásperas
áridas, impróprias, impuras.
Gira o vento em volta, frio e úmido
levando e trazendo nimbos negros
em torvelinhos de demônios opressores.
levando e trazendo nimbos negros
em torvelinhos de demônios opressores.
meu leito é hoje minha masmorra,
vórtice medonho onde se esvai a vida,
onde cometo suicídio ao nascer do dia!
Fujo da luz pálida e triste desta aurora de porão.
E meu verso... que é do meu verso?
Meu verso depende do sol dourado e límpido
de um olhar,
mas o sol se foi entre os nimbos negros
da solidão.
E meu verso... que é do meu verso?
Meu verso depende do sol dourado e límpido
de um olhar,
mas o sol se foi entre os nimbos negros
da solidão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
É sempre um prazer receber amigos.
Imensamente agradecido por sua visita.
Flavio Dutra.