E as guerras passaram.
A tormenta se foi, perdendo-se no horizonte,
sublimada em névoa de garoa fina.
Um silêncio me envolve indagador nessa tarde de poente,
quando raios dourados ainda fazem longas sombras nas árvores
e uma paz estranha me deixa incomodado.
Vejo os pardais a brincar na folhagem, vida renovada.
E esse medo de perder tudo, esse momento precioso
me faz quieto, em silêncio reverente.
Sentado num banco de pedra de jardim público
olhando as pessoas que passam, levando batalhas nos bolsos,
me admiro delas e de mim mesmo que já fui assim.
Olho à minha volta e respiro fundo,
me levanto e em passos lentos
caminho em linha reta, em direção aos meus dias seguros.
E logo estarei em casa para uma sopa fumegante de aspargos.
- Flavio Dutra
- Eu me contradigo? Pois bem, eu me contradigo. Sou vasto, contenho multidões. (W.Whitman)
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
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Foi só uma tristeza passageira...
ResponderExcluirNada melhor do q a paz...
Bjos meu amigooo
Lindo e alegre fds pra ti!
=)
Mas que blog lindo você criou...Parabéns, me encantei!
ResponderExcluirAs imagens de tulipas eu pego no google imagens, é só digitar tulipas que elas surgem, lindas...
Bom final de semana, um abraço!
Que bom q vc voltou a postar.
ResponderExcluirBelo texto.
Fica bem.
"uma paz estranha me deixa incomodado"
ResponderExcluirSei como é que é, Flavio.
Gostei do poema.
Abração