Os olhos eram duas fogueiras azuis
intensas
que me diziam da incerteza, do medo
e eu sabia o que poderia haver por trás deles.
O deserto crescente aproximando-se,
abarcando com sua aridez toda a primavera incipiente,
e nenhuma lágrima
que alimentasse aquelas raízes mal brotadas.
As mãos, tão outrora firmes, poderosas!
enérgicas e suaves a um tempo,
já distantes agora e sem vida que me transmitam.
Fuga inquietante do olhar, desassossego
e a fatalidade inexorável do afastamento
a nos olhar, nos olhar
e sem que pudéssemos evitar...
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É sempre um prazer receber amigos.
Imensamente agradecido por sua visita.
Flavio Dutra.