Compartilho da melancolia das árvores em meio à chuva
quando as flores se foram e troncos luzidios e escuros
nus e desanimados
cambaleiam nas calçadas indecisos
enquanto outros pelos parques em sussurros
lamentam o cheiro de musgo e das folhas mortas maceradas
sob meus pés.
Na baça luz matutina vêm os homens cambisbaixos e silentes
a lançar um olhar
de soslaio talvez e apenas isso.
A urgência de ganhar a vida os levando para longe
para um sonho (que sonham, os homens!),
deixam as árvores que perderam suas folhas, suas flores
no vazio das calçadas
no silêncio dos parques
com o silêncio dos seus galhos vazios
na chuva constante, trama sutil
silenciosamente fria.
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Imensamente agradecido por sua visita.
Flavio Dutra.