I
Brilhavam em miríades de cores fulgurantes
mil facetas de punhais
na minha íris descoberta e gentil
mil lanças luminosas estocavam
meus ossos efêmeros e cansados
mil cantos de sereias
encanto fatal
moldando meus sonhos
infantís, sequiosos, vorazes
mil facetas díspares, límpidas e belas
infinitas estrelas,
num quebradiço
cristal.
II
Eu odeio porque finjo
não quero o perdão e não me dou razões
sigo em prol da minha senda
não olho pra traz
não vejo o trôpego ao lado
avanço
e sem dor, sem tédio, sem frio,
sem fome, sem o choro das horas amargas.
Sigo, à desesperança do dia,
incólume!
No amanhã, quando chegar
recomeçarei tudo, a critério
não vou, não fico
eu odeio
porque finjo
não sei o que sou.
Brilhavam em miríades de cores fulgurantes
mil facetas de punhais
na minha íris descoberta e gentil
mil lanças luminosas estocavam
meus ossos efêmeros e cansados
mil cantos de sereias
encanto fatal
moldando meus sonhos
infantís, sequiosos, vorazes
mil facetas díspares, límpidas e belas
infinitas estrelas,
num quebradiço
cristal.
II
Eu odeio porque finjo
não quero o perdão e não me dou razões
sigo em prol da minha senda
não olho pra traz
não vejo o trôpego ao lado
avanço
e sem dor, sem tédio, sem frio,
sem fome, sem o choro das horas amargas.
Sigo, à desesperança do dia,
incólume!
No amanhã, quando chegar
recomeçarei tudo, a critério
não vou, não fico
eu odeio
porque finjo
não sei o que sou.