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Eu me contradigo? Pois bem, eu me contradigo. Sou vasto, contenho multidões. (W.Whitman)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Demônios são belos
são claros, são lúcidos
se mostram pujantes,
se movem com graça.
Demônios são ícones,
se fazem queridos,
volitivos influentes,
domadores cruéis.
Demônios são feras
em vestes de anjo,
deturpam, corrompem,
insensíveis destroem
e passam ao largo
sorrindo da dor.
Demônios são lúcidos
vampiros sangrentos
e seguem caminho
impassíveis na morte.
Na morte do ser
farrapo jogado
amarfanhado e sem vida,
deixando lamento
e somente irrisão.


Lua, lua…

Cristye           
  Lua Crescente no horizonte aberto, sorridente clarão promissor,
jovial semblante, ar inocente de criança peralta,
promete-me o céu noturno salpicado de luzes saltitantes
e persigo teu trajeto como um menino atrás de uma pipa de seda.
Lua Cheia saborosa,
quente, gostosa, imensa solidão que me devora
a olhar-te tão perto e impossível, sonhos em noites de brisa morna
e me esquecendo que haveria futuro,
incertezas esquecidas no momento,
me contento de tua visão hipnótica,
melodiosa canção preenchendo o espaço em torno de mim.
Lua Minguante, sorriso morrendo, tristeza que se insinua em mim,
canções distantes apenas solfejadas na memoria,
lembrança, saudade, melancolia de noites sem cor
e a fuga,
vai-te fugindo céus afora,
entre farrapos nebulosos que já não reconheço
deixando a esperança de rever-te, alimentada sempre
em noites de Lua Nova, escuras e solitárias, na espera do dia.