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Eu me contradigo? Pois bem, eu me contradigo. Sou vasto, contenho multidões. (W.Whitman)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Passo meus dias numa paz que me assusta um pouco,
não tinha o hábito da sensação de cada coisa no seu devido lugar.
Tudo está correto,
tudo é encaixado no momento certo, de forma natural,
não me esforço muito para ver o bem estar que isso me provoca.
Lampejos de felicidade passam pelo meu peito e os apanho no ar,
me delicio com eles.
Olho os homens que passam em busca do dia que deve ser ganho,
mulheres se atirando na azáfama do cotidiano do lar,
cães que ladram no portão
quando o carteiro chega com novidades,
o ruído da panela no fogo e o cheiro que ela exala,
um cozido bom, 
o feijão temperado produzindo muita saliva na boca,
o leite quente adoçado com mel,
o café fumegante saindo na hora matinal,
o trabalho que começa a ser interessante
porque se aproxima do seu término,
a sensação da execução satisfatória agradando o cliente.
A segurança de estar em família, junto dos seus a trocar idéias sobre o que realmente interessa para o bem viver em conjunto,
todas as coisas sendo relevantes para o bem estar de todos.
O desejo de fazer o melhor
para que eu me veja sendo útil aos demais.
E essa paz que me coloca por cima do mundo,
eu, senhor dos meus passos olhando à frente no caminho,
olhar altivo, semblante seguro e senhor absoluto do meu destino.