Arroz Queimado: Desencanto

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Desencanto

De fina, etérea, infinita
névoa
se fez o meu ser.
Em pouco tempo serei talvez
um ponto
uma gota, talvez
rubra lágrima caindo com espalhafato
na página branca
mas hoje porém, sou o nada
branco mesclado ao branco.
Inútil insistir.

Um comentário:

Fátima24 de janeiro de 2011 às 23:11
Você se diz branco,
mesclado ao branco.
Então você é a junção de todas as cores.
Cor da luz.
Cor que reflete todos os raios luminosos, não absorvendo nenhum.
E por algum motivo aparece
escrevendo com clareza sentimentos
Brancos... puros assim.
Com carinho
Fátima
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É sempre um prazer receber amigos.
Imensamente agradecido por sua visita.
Flavio Dutra.

Bem vindos!

O arroz queimado é algo cotidiano,
é aquele fragmento da cozinha
que se põe fora e, entretanto
se atentarmos ao detalhe,
veremos que algo se aproveita.
Esses fragmentos ilustram
momentos vividos
por qualquer pessoa
em algum momento, algum dia,
em alguma cidade,
num tempo indefinido.
Extraiam deles algo de bom.
Amigas almas poéticas!

Quando escrevo aqui,
escrevo meio sem inspiração,
meio sem vontade
forço um pouco a barra,
somente para postar alguma coisa. Não faz diferença,
escrevo mesmo é para mim,
gosto de falar do que sinto.
Se ninguém me ouve
quando quero falar, eu escrevo,
e aqui tenho o meio ideal para isso.
Se ninguém lê, não faz diferença,
escrevo e pronto,
é uma forma de desabafo também
e não faço estilo,
como escrever de forma que
as pessoas venham a gostar.
Escrevo como quero,
do jeito que me vem à cabeça
na hora da inspiração,
escrevo sem fazer tipo. Este sou eu,
é o meu texto, meu poema,
meu canal de expressão.
Aqui eu ponho minha alma.
É bom poder se expressar,
seria como gritar em praça publica,
onde todo mundo ouve, mas ninguém dá a mínima.
Mas eu falei, soltei a minha voz,
aqui eu posso gritar, chorar, rir,
lamentar, elogiar, lembrar,
reviver um fato bom do passado,
contar histórias, mentir, e ser bom.
Bom com quem me lê,
bom com quem me ouve
fazer amizades também, conhecer
pessoas
com as mesmas afinidades,
pessoas
que gostam do que escrevo,
pessoas
que se identificam com o que leem,
pessoas
que me trazem algo de bom;
então eu descubro
que ainda há gente no mundo
e isso é reconfortante.
Da uma vontade de chorar...
quando se descobre pessoas assim,
mas que estando distantes
eu talvez nunca vá ver.

Saudades de vocês
a quem nunca vou abraçar!