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Eu me contradigo? Pois bem, eu me contradigo. Sou vasto, contenho multidões. (W.Whitman)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Manhãzinha ainda, um sonho de cachoeira na mata
água caindo na pedra, e um poço enorme no fim da queda,
água corrente, vibrante sussurrar no silêncio da alvorada.
Eu desço o caminho e meus pés mergulham na margem,
sinto o frio que sobe pelos membros,
quase sinto seu frescor na pele do corpo.
Um trovão soando longínquo
e um dormitar que já não é rio,
não é mata, nem pés descalços na areia.
Desperto preguiçosamente,
alongando felinamente o corpo ainda deitado.
Depois caminho lentamente até a janela semiaberta
e recostado meio de lado
fico a olhar languidamente a cidade, 
melancólica paisagem silenciosa
por trás de uma cortina de chuva
espessa, morna e tremendamente calmante. 

2 comentários:

  1. ... e continua sonhando acordado. Acertei? Um bom resto de semana prá ti Flávio.

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  2. Acertou Veroca. Sonhar é preciso, viver... bem, sem sonhos é impossivel.
    A proposito, Sitio do pica-pau,capa verde, foi onde adquiri o amor pela leiura.Ficava horas na biblioteca do colégio devorando um a um todos os volumes.
    E o Adágio de Albinone? Sons que fazem uma verdadeira Kundalini subir pela espinha.rs
    Beijo e obrigado pelo comentario.

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É sempre um prazer receber amigos.
Imensamente agradecido por sua visita.
Flavio Dutra.