Eu a sinto na aragem do dia
quando vem repousar o sol
nas montanhas azuis da minha terra.
É só uma saudade que me traz
a passagem do tempo,
nada mais.
Quisera então saber
o porque desse nó na garganta
e essa dor me esmagando o peito.
Uma voz bonita canta ao longe
e uma melancolia me deixa paralisado.
Quieto
deixo que uma lágrima deslizando em meu rosto
vá se esconder entre fios de barba branca.
Sorrio e cumprimento uma mulher que passa,
sem voz, num aceno apenas,
não posso falar.
As montanhas azuis, o sol dourado do entardecer
e essa aragem que me a traz sorrindo
me deixam assim por um momento
sem presente ou futuro com que sonhe,
em todo eu apenas passado,
cravado nos minutos que o relógio não marca mais.
- Flavio Dutra
- Eu me contradigo? Pois bem, eu me contradigo. Sou vasto, contenho multidões. (W.Whitman)
segunda-feira, 20 de julho de 2009
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Flavio Dutra.