Virá o dia dos homens descartáveis
das amizades sem toques e sem abraços
dos cyber-romances vazios e mentirosos,
sem choro no bate-boca de namorados que se beijam depois,
abraçadinhos e carinhosos num pedido de perdão.
Sem verdades ditas na frente e com coragem
pelo amigo que não tinha medo de ferir o ego pelo bem do amigo.
Virá o dia das verdades apagadas, porque feriram,
e secarão no cyber-espaço, inúteis, sem germinar.
Virá o dia dos homens criados num ideal de sonhos coloridos
numa imagem de pixels, sorridente, feliz e sem alma.
Virá o dia do mundo sem alma,
pois a alma nos faz sofrer com todos os seus desejos insatisfeitos
e não queremos sofrimento.
Virá o dia em que o homem vai deletar o seu meio
e criar um cyber-coração que ele possa comandar.
Do cantinho seguro do seu quarto, a portas fechadas
comandará sua vida, feliz e só, num clik de mouse.
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É sempre um prazer receber amigos.
Imensamente agradecido por sua visita.
Flavio Dutra.