Ando por minha rua num dia comum e divago um pouco.
O vizinho sorri cordato,mas sei que ele não sabe de mim,
não conhece meus dissabores nem minhas conquistas,
ou minhas visões de profeta amador.
A mulher na janela não crê numa palavra que digo
e mesmo assim sorri numa cumplicidade inócua.
Minha vida passa pelas vidas deles sem marcas
e saberão um dia que fui
cidadão das sete horas da noite e das madrugadas insones,
das manhãs lavando a calçada ou molhando as plantas no jardim,
dos domingos de pijama largo, olhando a rua sem movimento.
Mas eu, olhando suas vidas sem que o percebam,
vejo que eles me marcam de forma indelével
com seus amores perdidos ou esquecidos por vergonha ou tédio,
seus sonhos descritos em falsos regozijos no portão na tarde de sábado,
e os amo, reconheço-os em mim mesmo
e sem que o saibam, recolho-os ao meu peito e os admiro pelo que são.
O vizinho sorri cordato,mas sei que ele não sabe de mim,
não conhece meus dissabores nem minhas conquistas,
ou minhas visões de profeta amador.
A mulher na janela não crê numa palavra que digo
e mesmo assim sorri numa cumplicidade inócua.
Minha vida passa pelas vidas deles sem marcas
e saberão um dia que fui
cidadão das sete horas da noite e das madrugadas insones,
das manhãs lavando a calçada ou molhando as plantas no jardim,
dos domingos de pijama largo, olhando a rua sem movimento.
Mas eu, olhando suas vidas sem que o percebam,
vejo que eles me marcam de forma indelével
com seus amores perdidos ou esquecidos por vergonha ou tédio,
seus sonhos descritos em falsos regozijos no portão na tarde de sábado,
e os amo, reconheço-os em mim mesmo
e sem que o saibam, recolho-os ao meu peito e os admiro pelo que são.
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É sempre um prazer receber amigos.
Imensamente agradecido por sua visita.
Flavio Dutra.