A mulher que eu amo tem o frescor das manhãs de maio.
Ela sorri com a singeleza dos jasmins que florescem no jardim
e adoro o jeito como ela se porta ao ajeitar a blusa branca
de rendas e mangas curtas.
Ela tem o rosto muito enrugado mas amo o brilho dos seus olhos,
o som da sua voz me acaricia e me acalma,
me fazendo sorrir com tamanha tranquilidade.
Ela tem oitenta, cem anos talvez
mas eu vejo nela a mocinha que um dia acalentou os meus sonhos,
seu jeitinho deslumbrante de me olhar nos olhos,
seu modo de falar sem palavras,
seu caminhar calmo e compassado, seguro e de porte altivo,
o suspirar quando a abraço com ternura,
o riso cúmplice quando de manhã soltamos gazes na cama
ao despertar modorrentos e pesados.
Choramos na partida de um ente que se foi prematuramente
ou rimos de comum acordo de uma piada sem graça
lançada ao acaso no correr do dia.
Minha companheira é linda e sou grato por ela ser assim
por tê-la comigo até esses dias incertos
da minha inoperante ancianidade.
E a amo nas horas inseguras do final de mais um dia,
no inicio da noite quando ela me segura com a mão firme
e me diz com calor na voz: Oh! Estamos bem!
Como diria minha avó, "banza Deus, deus conserve!" beijo meu e boa semaninha por aí.
ResponderExcluirObrigado, Veroca. Boa semana pra ti tbm.
ResponderExcluirOlá Flavio, gostaria de convidá-lo a seguir o : http://jacque-sementesdofuturo.blogspot.com/
ResponderExcluirIdealizei este blog e gostaria imensamente de tua participação junto a nós.
Um abraço,
Jacque
Olá Jacque. Ja estou seguindo. Obrigado pelo convite e um abraço.
ResponderExcluirCaro, Dutra.
ResponderExcluirParabéns pela proposta, conceito e temática do blog - a literatura reina aqui, em absoluto e muito me define, bem como cativa completamente.
Te sigo e linko ao meu espaço, tá?
abraço